segunda-feira, 18 de julho de 2016

Diário de Caminhada - Caminho Inglês - Etapa II

2ª ETAPA: BRUMA - SIGUEIROS

10/06/2016

Distância: 25,6 km
Tempo total: 07:02 horas
Tempo em movimento: 05:32 horas
Tempo parado: 01:30 horas
Velocidade média: 4,6 km/h
Altitude mínima: 241 metro
Altitude máxima: 422 metros

Track aqui


Caminhantes: Anselmo Cunha, Conceição Branco, Elsa Branco, Fernando Micaelo, Jaime Matos, Joaquim Branco, Paula Marques, Raul Maia e Teresa Martins.

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. A nossa pequena comunidade de 9 portugueses celebra o dia por estas terras galegas.

Saída de Bruma às 07:15, meteorologia favorável: nublado, fresco q.b., visibilidade e luz excelentes. Tirada com longos trajectos em ambiente rural, quase sem casas a estragar a vista, tornando a etapa mais interessante e agradável do que a primeira. Dois destaques: o primeiro vai para os túneis de frondosos loureiros que abundam, em que apetece caminhar devagar, para sentir os odores e o fresco, apreciar os verdes sombreados e escutar a polifonia dos chilreados; o segundo pormenor a merecer destaque é a longuíssima recta ondulada de vários quilómetros que leva o peregrino quase à entrada de Sigueiros.











Em Sigueiros não existem albergues da rede pública, o que permite marcação prévia nos privados disponíveis. Por nós, Xaime escolhera o Fogar da Chisca, uma unidade simpática e acolhedora, com condições aceitáveis para quem não é muito exigente, e, sabemo-lo, não podem existir peregrinos de Santiago exigentes. Mesmo quando os colchões particularmente ruidosos, como neste albergue, competiam com os roncos dos do costume.

Recebeu-nos Doña Josefina, mulher alegre e despachada: “todos me chaman por CHUS, que te parece, cariño?” Haviamos de constatar que todos os peregrinos tinham direito a ser tratados por “cariño”. Fogar significa casa/lar, e Chisca era o nome da sua cadela que ela amava como uma filha e que morreu com 21 anos. Não conseguiu evitar as lágrimas a contar-nos a sua história. Depois de recomposta e de muita conversa, CHUS havia de se sair com esta: “o falar no tem cancelas”. Pois não.

Lanche ajantarado no Méson de Tambre, um restaurante propriedade de um português para aqui veio fixar-se há 20 anos.

Amanhã, iremos dar um calduço ao Santiago.

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